Ao longo do ano tiramos alguns dias para ler e discutir uma obra da dramaturgia mundial. Ler para imaginar as soluções possíveis para o texto quando posto em cena. No fundo, trabalho de mesa em que antecipamos o momento de “levantar” o espectáculo. Antes de os actores pisarem o palco, pisa-o a nossa imaginação e a investigação sobre os elementos dramatúrgicos. Talvez a leitura de um texto de teatro se confunda com o exercício de o reescrever, traduzi-lo, pelo menos, numa nova linguagem. O que se propõe nestes encontros é, portanto, o estudo aprofundado das obras, e a estimulação das soluções criativas para as colocar em cena.

Estamos perante uma obra da multifacetada Lola Arias. Com um percurso que transcende a escrita, é realizadora, encenadora e trabalha no campo documental em colaboração com pessoas que viveram diferentes eventos ou experiências históricas.
Striptease: Poderá um bebé com um ano ser a personagem principal da peça, estando ele entre o amor de dois pais que deixaram de se amar?
Sonho com Revólver: Encontramos no desconhecido a imagem de nós próprios?
O Amor É Um Atirador Furtivo: Estamos constantemente a medir forças?
Três histórias de sonho/realidade/ficção/luta.
Três formas de encontrar as fragilidades dentro de nós.