Água Nova Para As Mesmas Margens

“Não façamos mais distinções, por outro lado, entre professores e alunos ou entre discípulos e mestres; sejamos, ao mesmo tempo, os que ocupam as duas posições: aprendamos sempre com alguém o alguma coisa que verdadeiramente nos interessa, ensinemos sempre a alguém o que saibamos e o interesse a ele. Tenhamos por supremos guias ao proceder neste campo dois provérbios populares: “Ninguém nasce ensinado”, “Aprender até morrer”.”

– Agostinho da Silva, PROPOSIÇÃO (1974), in DISPERSOS, Instituto de Cultura e Língua Portuguesa, 1988, p. 609.

Uso este mote de Agostinho para apresentar as sessões de Água Nova para as Mesmas Margens que fazemos em CRETA. Serão um conjunto de três encontros em torno de três das “Sete Cartas a um Jovem Filósofo” que Agostinho escreveu, inventando a pessoa de José Navarro. Usamos estes textos pelo prazer de descoberta. São textos em que Agostinho se coloca numa posição de diálogo. Imagina, quase teatralmente, uma relação entre duas pessoas que concordam, discordam, fascinam-se, desiludem-se. Enfim, a complexidade normal das relações. Ao mesmo tempo, estas cartas tocam na ferida: porque se é filósofo? O que nos serve de farol ético? O que é a arte? E o que é tudo isto quando confrontado com a “vida real” ou “quotidiana”? Não pretendemos ser iluminados da obra de Agostinho da Silva que a decifra de alguma forma para quem queira ouvir, antes queremos ser iluminados pelas suas cartas para olhar para o que somos hoje em dia; talvez prolongar um pouco a correspondência.
Água Nova para as Mesmas Margens convida para cada sessão duas pessoas que se insiram na chamada geração Y, isto é, quem nasceu depois de 1980 e antes dos 2000. A ideia será, modestamente, procurar mapear o pensamento desta geração.

Água Nova Para as Mesmas Margens: Segunda das Sete Cartas a um Jovem Filósofo

Água Nova Para as Mesmas Margens: Segunda das Sete Cartas a um Jovem Filósofo

Água Nova Para as Mesmas Margens: Primeira das Sete Cartas a um Jovem Filósofo

Água Nova Para as Mesmas Margens: Primeira das Sete Cartas a um Jovem Filósofo