Um podcast sobre espectadores, criado por Ana Bento, que traz à escuta histórias da vida quotidiana que se cruzam com o exercício artístico, mais especificamente com o teatro. Pequenos episódios, pequenas histórias, grandes histórias com pequenos detalhes, histórias quase invisíveis de tão poucas pessoas que as conhecem que se tornam agora, aqui, visíveis.
No alto da Serra do Montemuro, à beira da estrada, uma placa insólita entre montes, pedras e árvores, com a inscrição ‘TEATRO’. Nos anos 90, a vontade de fazer teatro na aldeia de Campo Benfeito na Serra do Montemuro, surge num grupo de jovens, entre eles Eduardo, como mais um pretexto para estarem juntos, para além do futebol e do café. Graeme Pulleyn, o jovem inglês voluntário num programa de mobilidade de jovens, é a peça fundamental do puzzle que se constrói em poucos anos para a formação de uma companhia de teatro profissional com grande expressão no panorama nacional e internacional.
O início da companhia de teatro profissional é marcado com o sucesso extraordinário do trabalho Lobo Wolf que inspirado na lenda de Romulo e Remo, espelha características do mundo rural e reflete também conflitos culturais.
Criação: Ana Bento
A partir de entrevistas com Maria dos Anjos Rodrigues, Eduardo Correia e Graeme Pulleyn
Sonoplastia: Ana Bento
Música: excertos dos temas “Serras” e “Malu” de Lufa Lufa
Indicativo: Bruno Pinto (guitarra)
Voz do indicativo e dos créditos: Ana Seia de Matos
Ilustração: Rosário Pinheiro
Que lugar é este chamado Teatro? Júlio Maciel e Patrick Murys refletem sobre este lugar de palco e contam-nos as suas histórias quase invisíveis de como o teatro entrou nas suas vidas: de livros de heróis e do pequeno ecrã, a encontros com pessoas deste lugar e experiências sobre as tábuas do palco. E sempre a pergunta: Que lugar é este chamado Teatro onde se pode vestir a pele de outro, mas onde também se pode descobrir o verdadeiro eu?!
Criação: Ana Bento
A partir de entrevistas com Júlio Maciel e Patrick Murys
Sonoplastia: Ana Bento
Música: excertos dos temas “Coro da Primavera” de José Afonso, “Gavotte” de Gossec, excerto do genérico do filme ‘Albert Camus’ de Laurent Jaoui (música de François Staal), excerto do genérico do programa ‘Estúdio Um – Memórias do Teatro’ (Tv2), e excerto do genérico do filme ‘L’avare’ de Louis de Funes.
Indicativo: Bruno Pinto (guitarra)
Voz do indicativo e dos créditos: Ana Seia de Matos
Ilustração: Rosário Pinheiro
Ana Bento agradece especialmente à Sónia Barbosa pela ajuda preciosa para ter chegado aos protagonistas deste episódio e às histórias que estes contam.
Em novembro de 2019, um grupo de reclusos do Estabelecimento Prisional do Campo, em Viseu, foi desafiado a ter o seu Primeiro Encontro com o processo criativo artístico no âmbito de um projecto desenvolvido pelo Teatro Viriato com alguns dos seus artistas associados.
Foi neste encontro que Sónia Barbosa, actriz e encenadora, levou o teatro a Sérgio Moura.
Um encontro curioso, feito de coincidências, pensamentos emoções fortes a partir de um excerto específico do romance ‘Os irmãos Karamazov’. Um encontro em que o contexto teatral e o teatro estão como uma espécie de camada que protege o lado psicológico e o real.
Criação: Ana Bento
A partir de entrevistas com: Sérgio Moura e Sónia Barbosa
Música e Sonoplastia: Ana Bento (excepto ‘Letila Zozula’, canção tradicional ucraniana interpretada por Ana Bento)
Participação especial: Nuno Nunes (interpretação de excerto de texto d’Os irmãos Karamazov de F. Dostoiévski)
Indicativo: Bruno Pinto (guitarra)
Voz do indicativo e dos créditos: Ana Seia de Matos
Ilustração: Rosário Pinheiro
É quase uma utopia quando pessoas de um meio absolutamente improvável se tornam espectadores de teatro para quem o teatro e as artes em geral se tornam uma necessidade. Sim, trata-se de um grupo específico, um pequeno grupo que entretanto se encontra semanalmente em Viana do Castelo e do qual José Esteves faz parte, mas espectador a espectador pode fazer-se com que o teatro e as artes sejam um espaço verdadeiramente democratizado e acessível a todos.
Criação: Ana Bento
A partir de entrevistas com: José Esteves e Ricardo Simões
Sonoplastia: Ana Bento
Música: excertos do tema ‘Barbela’ (Chinchilas) e excerto da banda sonora do espectáculo ‘Estaleiros’ (Noiserv)
Indicativo: Bruno Pinto (guitarra)
Voz do indicativo e dos créditos: Ana Seia de Matos
Ilustração: Rosário Pinheiro
Ana Bento deixa um agradecimento especial ao Graeme Pulleyn por lhe ter dado a conhecer a história de José Esteves e do seu encontro com o Teatro do Noroeste
Houve um tempo em que o público ía ao teatro mas “não tinha conhecimento” do que é o teatro e “não sabia estar”. Agora, num tempo em que o público está “educado” e “formado”, eis que surge um fenómeno: uma pessoa sai de casa, compra um bilhete, senta-se na plateia, é dado o anúncio de início do espectáculo, o espectáculo começa, há muitos códigos teatrais que fazem perceber que se está no teatro, mas ainda assim… o público não se limita a ser espectador e intervém!
Criação: Ana Bento
A partir de entrevistas com: Lídio Pontes, Manuel Guicho, Rui M. Silva e Cristina Janicas
Sonoplastia: Ana Bento
Música: excertos dos temas ‘Ta-hí’ (de Joubert de Carvalho pela Orquestra de Jazz Brunswick), ‘Grândola’ e ‘Cantar Alentejano’ (José Afonso) e excerto da banda sonora do espectáculo ‘Catarina e a beleza de matar fascistas (canção com arranjo de João Henriques)
Indicativo: Bruno Pinto (guitarra)
Voz do indicativo e dos créditos: Ana Seia de Matos
Ilustração: Rosário Pinheiro
Ana Bento agradece especialmente à Catarina Barros, ao Guilherme Gomes e ao Manu (Emanuel Santos) pela ajuda preciosa para ter chegado aos protagonistas deste episódio e às histórias que estes contam.
Ana Bento
Multi-instrumentista, compositora e workshop leader, iniciou os estudos musicais no Conservatório de Música de Viseu. Licenciou-se em Educação Musical (2001) e frequentou uma pós-graduação em Musicoterapia no C.I.M. de Bilbao (2002). Paralelamente realizou um percurso formativo na área da pedagogia musical com Pierre Van Hawe, Jos Wuytack, Edwin Gordon, Verena Maschat, Murray Schafer, Soili Perkiö, entre outros. Estudou saxofone com Mário Santos e João Martins.
No início da sua carreira fez parte da Orquestra Juvenil do Centro e, actualmente, integra os projectos Aurora Brava, Tranglomango, Colectivo Gira Sol Azul e Stopestra, colaborando, pontualmente, noutros projetos musicais, nomeadamente The Dirty Coal Train, entre outros.
Compôs, interpretou e dirigiu ao vivo a música de espetáculos encenados por Helen Ainsworth, Graeme Pulleyn, Sónia Barbosa, Rafaela Santos, Márcio Meirelles, Maria Gil, Filipa Francisco, Joana Providência, Romulus Neagu, entre outros.
Co-fundou a Associação Gira Sol Azul na qual colabora e integra a equipa de vários projetos musicais.
Tem desenvolvido vários projectos no âmbito da música e comunidade como o grupo vocal feminino Cotovia, a Orquestra (in)fusão (que integra vários grupos musicais e músicos profissionais e amadores que se envolvem activamente na criação de um repertório original), o grupo de octogenários A Voz do Rock (que foi distinguido em 2019 com o prémio Boas Práticas de Envelhecimento Activo da CCDRC) e outros projectos de carácter mais pontual como Primeiro Encontro (desenvolvido pelo Teatro Viriato no Estabelecimento Prisional do Campo).
Desenhou e interpretou vários percursos artísticos para a Rede Caminhos Médio Tejo, festival Bons Sons e festival Dar a Ouvir.
Integra a equipa factor-E da Casa da Música desde 2008 com a criação de oficinas e concertos para a infância. É artista associada do Teatro Viriato desde 2014.